
Após sondagem de solos e recolha de amostras para análise, ensaio laboratorial e caracterização, são seleccionados os terrenos de extracção.

Em áreas delimitadas para o efeito, a céu aberto, os diversos tipos de argila são armazenados individualmente. Após novos ensaios laboratoriais, são definidas as misturas de argilas a constituir no lote, procedendo-se então à sua montagem. A mistura de argilas é realizada em camadas horizontais.

Esta fase consiste na descompactação, trituração, esmagamento e nova mistura do lote, de modo a que o mesmo atinja uma granolometria inferior a 3mm e obtenha uma maior uniformidade da mistura.

Esta fase consiste na amassadura da pasta, após adição de água, com vista a optimizar o grau de homogeneização da mistura e atribuir-lhe as características finais da plasticidade, sendo posteriormente laminada, de modo a que se atinja a granolometria final desejada.

Após preparação final, a pasta dá entrada na câmara de extrusão, sendo então sujeita a vácuo e compressão por forma atingir uma compacticidade que lhe permita sair continuamente por um bocal, sob a forma de uma "língua" com formato pré-estabelecido.Segue-se o corte da "língua", de modo a que surja uma "lastra" com as necessárias dimensões para poder passar à fase de prensagem.

A "lastra" é conduzida à prensa, sendo então comprimida. Resultando daqui o formato final do modelo de telha em produção, a mesma é conduzida para a fase seguinte.

As telhas resultantes da prensagem, seguem para uma linha de espera enquanto aguardam vez para dar entrada na câmara de secagem.

Esta fase tem como objectivo retirar a humidade que foi necessário adicionar para que a pasta obtivesse as características adequadas de plasticidade que antecederam a prensagem. Após esta operação, que se prolonga por diversas horas, as "telhas secas" são conduzidas para a linha de espera do forno.

Esta é uma das fases mais importantes do processo de fabrico. Tem por objectivo obter as características finais pretendidas ao bom funcionamento das telhas no telhado, nomeadamente o seu elevado grau de durabilidade e impermeabilidade. Após acondicionadas em "cassetes", estas são empilhadas em vagões preparados para resistir a elevadíssimas temperaturas. Os vagões carregados iniciam então um percurso lento e moroso através do longo forno túnel. À medida que vão deslizando sobre os carris do forno, as telhas atravessam um ciclo progressivo de aquecimento, cozedura e arrefecimento, que ao originarem diversas reacções químicas faseadas, lhe conferem as características desejadas.

Completado o ciclo de cozedura, os vagões carregados de telhas cozidas são conduzidos para uma linha de espera onde poderão arrefecer enquanto aguardam pela sua vez de descarga e embalagem.

À medida que o equipamento de embalagem o permite, os vagões, agora à temperatura ambiente, são descarregados e embaladas as telhas que cumprem os padrões de qualidade pré-estabelecidos.